sábado, 11 de agosto de 2012



Meu Querido Velho Astrogildo Amoras,

Hoje me detive a olhar a tua foto que enfeita a minha mesa, como se fosse um espelho que a vida caprichosamente colocou diante dos meus olhos... te olhei detalhadamente, e vi que o inverno dos anos marcou impiedosamente a tua face, tingida pelas mãos hábeis do mais intransigente dos artistas: o tempo! 
Te olhei e percebi que sulcos profundos traçaram em teu rosto, indelevelmente, os anos da tua velhice. Vi que tua face foi transformada em uma exposição de artes, onde a vida representou as lembranças do passado, deixando ali emolduradas cenas de angústias e ansiedades, tristezas e alegrias, algumas derrotas e outras tantas vitórias.
Olhei o teu porte, outrora vigoroso, mesmo no pequeno tamanho físico, e vi que aos poucos te ias alquebrando... teus braços ainda ontem eram ágeis e me sustentavam; teu peito amigo, meu escudo e aconchego; teus olhos que retiveram tantas lágrimas, também brilharam intensamente de contentamento e alegria.
Meu querido velho, fizeste parte deste mundo e isso me basta! Nasceste para ser simples e pouco importa se não possuíste, em vida, as riquezas terrenas! Importa sim e um tanto imensurável, a tua grandeza no amor e na verdade e no grande exemplo da tua fé!
Olhei tua foto...  olhei e percebi que tens um pouco dos seres da terra e muito dos seres do céu!
Eu tenho orgulho da tua presença em minha vida.
Sou venturosa e devo a ti, meu querido velho, o que sou.
Por isso, ao ver-te e constatar em minha lembrança, que teus olhos jamais se fecharam sem que em tuas pupilas ficassem gravadas a minha imagem e a dos meus irmãos, sinto acender-se em meu coração, como uma estrela, o desejo de continuar a tua obra e mostrar ao meu filho o dom do amor incondicional que contigo aprendi!
E hoje, como ontem e como sempre, elevo meu pensamento de amor e gratidão onde estiveres, que sei, é o mais bonito dos céus, pra te  fazer o pai mais feliz entre todos os homens!
Um abraço, meu querido velho, pelo Dia dos Pais!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Para minha mãe Ana Anália


Para Minha Mãe Ana Anália.
Numa pesquisa para o nome Ana Anália, descobri que Ana quer dizer “cheia de graça” e Anália, é uma variação de Ana. De onde se conclui que Ana Anália, essa mãe linda de olhos azuis, tem em seu nome a confirmação do que Deus a ela reservou: todas as graças e glórias de um ser que aos 90 anos, está na idade de quem tem luz própria. Brilha por si e por todos a sua volta, porque distribui generosamente a fonte da vida, na mais alta contemplação da sabedoria adquirida. Uma mulher que atravessa os anos com um sorriso largo no rosto afável, ganhando do tempo, o tempo exato e lapidado para saber aproveitar, compartilhar e multiplicar experiências. Que humilde, revela no peito a medalha dos filhos, dos netos e bisnetos. Que não conheceu a derrota pela viuvez, pois transformou a saudade em uma exposição de sua pintura, fazendo respingar de cada quadro,  as tintas do amor por nosso pai, numa obra belíssima, tal qual esse amor que durou maravilhosos 56 anos. Que jamais se deixou sufocar pelas dificuldades, dando-nos aí seu exemplo de força, determinação e capacitação para o recomeço de sua vida.
Lembro que certa vez  contando coisas de sua infância, revelou que só descobriu seus olhos azuis, quando as  coleguinhas de escola a fizeram observar isso. E ainda, na inocência infantil, perguntaram-lhe se por causa da cor dos olhos, enxergava tudo azul. Tinham razão as garotinhas, pois é exatamente assim que minha mãe vê o mundo, a vida, as pessoas: com os tons do céu, no azul da paz de quem descobriu ainda cedo , por tantas responsabilidades, a necessidade de fazer morada na mansidão, ternura e aconchego da bondade, que permanentemente repousam em seu coração. Passando ao largo de julgamentos, observações menos dignas e desafetos corriqueiros. Minha mãe não conhece nada que não seja ditado pela moral, vida sã e amplitude de sentimentos cristãos.
Não a chamo de guerreira, pois a ela nada associo do que seja mal. Prefiro vê-la como  uma exímia bailarina, transitando graciosa por entre todos os ritmos de uma vida repleta de variações melodiosas, ora vibrantes como um tango, ora na calmaria das valsas de Strauss . Bailando ao sabor do que lhe é servido nos acordes da orquestra de Deus.
Doce mulher que extraiu do próprio ventre 20 vidas para ofertar ao mundo. Dos quais, 12 trouxe à maturidade. Número simbólico e bíblico. E nós, seus filhos, somos o seu referencial perante Deus,  de um trabalho senão perfeitamente executado - por nossas individualidades sujeitas às vissicitudes da vida, mas de um trabalho de concessão de valores perenes e invioláveis, de retidão de caráter e abnegação ao amor que lhe dedicamos.
Somos, e falo por todos, absolutamente apaixonados por nossa mãe. Compartilhar essa data e poder festejar com familiares e amigos é para nós, motivo da mais profunda alegria. E a emoção nos inclina a  nos recolhermos em oração, para que Deus a proteja, abençoe e lhe conceda os anos que forem precisos, para fazê-la continuar entre nós com saúde, dignidade e  paz de espírito!

Por Nilda Amoras
01 Set 2011

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

E não é que é?

Se as razões não são sinceras, é porque o coração não necessita de razões.
O coração bate mecanicamente, e com a mecânica de cada batida, manda um impulso de amor que não precisa ser explicado, nem pensado... só sentido.
E a única maneira de não se ter razão no amor, é não amando!

domingo, 7 de novembro de 2010


Monumento natural na estrada Rio-Teresópolis

Dedo de Deus

Nas montanhas,
ele aponta para o céu.
As nuvens fazem um véu
de proteção,
artimanhas
que resguardam essa maravilhosa visão.
Não pude chegar perto
do "Dedo de Deus".
Vi de longe, encoberto
pelo tempo nublado.
Mas não me foi negado
contemplar o belo, pelos olhos meus.
Foi na estrada...
Sentei na murada
e pus-me a contemplar.
A admirar
 a perfeição da natureza,
a beleza
em fartura, esculpida
pelo grande Arquiteto da Vida.
Fez seu dedo majestoso, iluminado,
apontando para cima, acima de nós.
Fez seu dedo entre as montanhas, confinado
lembrando a todos, que não estamos sós.
E afinal, ele aponta, devagar,
para onde devemos olhar
quando tristes,
desolados...
para o alto, consolados,
para sabermos: Deus existe!





sexta-feira, 22 de outubro de 2010

E lá se vão 2 anos desde a inauguração deste blog.

Agora, cara amiga Nil, o jeito é colocar a mão na massa e atualizá-lo com coisas mil...

domingo, 21 de dezembro de 2008

Natal

Gosto do cheiro do Natal. Invariavelmente, nesta época, as bonecas da minha infância aparecem com seu perfume inconfundível. Elas têm o cheiro do Natal! Em minha lembrança olfativa, elas brincam com minha saudade, com seus vestidinhos coloridos e lacinhos na cabeça. E ainda que os olhinhos fossem parados, tinham olhares fascinantes! Como era boa a sensação de ganhar uma boneca no Natal!
Eu dormia em uma rede e passava a madrugada toda espiando em baixo, pra ver se papai noel já havia colocado a minha boneca... em baixo da rede... puxa, como demorava! A madrugada mais longa do ano, pra mim, era a da noite de Natal.
Lembranças...

Começando...

Alô!

Criei este epaço para interagir com você. Você que aprecia, assim como eu, o belo da vida. Vou contar coisas pra vocês e espero contar com vocês! Cada dia um comentário, um pensamento, um poema...
Nos vemos por aí!